Eu inicio o
trabalho pela identificação dos seus stakeholders,
num universo de 360º, que pode envolver em alguns casos até mesmo pessoas de
sua família.
Em seguida
entrevisto cada um destes stakeholders
e utilizo os resultados desta pesquisa para obter um quadro seguro e preciso
daquilo que comporá o conteúdo do trabalho.
Algumas
pessoas me indagaram sobre o motivo de envolver os stakeholders. “Sendo eu um consultor experiente nos assuntos
comportamentais, para que ouvir os stakeholders?”.
“Ao entrevistar os stakeholders eu
não deixo o executivo exposto?”.
Eu também
questionava isso, até receber a fantástica orientação do experiente Jim Moore,
sócio e coach de Marshal Goldsmith,
um dos 5 maiores influenciadores de líderes empresariais nos Estados Unidos.
Este
envolvimento faz com que o executivo passe a ter a exata consciência de quais
são as qualidades que seus stakeholders valorizam nele, ao mesmo
tempo em que ficam evidentes os comportamentos que o executivo adota (na
maioria das vezes inconscientemente) e que incomodam e perturbam o seu entorno.
Certa vez Jim
me enviou a seguinte frase: “É mais fácil uma pessoa mudar um comportamento do
que aceitar que tem este comportamento”.
A partir do
momento em que os stakeholders são
entrevistados, e que o relatório destas entrevistas mostra ao executivo o que ele
precisa mudar, como ele poderá fugir desta situação? Como não aceitar que tem
este comportamento? Mudar deixa de ser uma opção!
Não adianta
dizer “eu não me comporto assim”, “eu já fui assim, mas não sou mais há muito
tempo”, “eles se incomodam porque eu sou sincero e digo o que penso”, “foi
agindo assim que cheguei até aqui”.
Na verdade
nada disso interessa. O que vale é o impacto que nós provocamos nos outros. E
só os outros conseguem dizer o impacto que nós provocamos neles. E se o impacto
está sendo inadequado, se está incomodando, perturbando, então a hora de mudar
é agora.
“O que o
trouxe até aqui pode não levá-lo mais adiante”, é o título de um livro do
Marshal.
É também a
essência do processo de evolução. O que pode ter funcionado até ontem não
garante que continuará funcionando a partir de amanhã. É preciso evoluir
permanentemente.
Por este
motivo prefiro chamar de counseling e não de coaching este processo de
trabalho, porque ele é um compartilhamento de visões e de experiências que
invariavelmente leva à evolução consciente.
“Nenhum
executivo será bem sucedido de modo sustentável se não evoluir também como ser
humano”.
Um forte
abraço